12 avril 2010

Poema do desfolhar


Ah! pudera eu,

homem,

me desfolhar

- coisa de árvore

que depois de verdes,

bem elas,

amarelam

e como que perdendo a beleza

caem por terra

E em mim,

a cada outono,

meus amargos-amarelos-e-sem-beleza-sentimentos

me pusessem desnudo

a suportar o inverno

sómente com o

calor-líquido-circulando-de-amor

até o primeiro sol da primavera me vestir

e me entregar para ti,

então

passaríamos o verão

na beira-da-praia