Se nao for a beira-mar
a sonhar à sombra da palmeira
o murmurar das ondas dos teus cabelos
se nao for no pé
duma enorme montanha
a sonhar
sombramente
o cipreste,
sera no espaço
com calor
do sol, nao
da lenha queimando, nao
mas de um grao do meu corpo
e habitaremos em ti
no astro
do nosso amor
l5.VII.87
(canção,13.I.95)