8 juillet 2012

poesia gnômica (um sorvete, Julio?) ...do jeito que o verão chega e não se instala, esquenta e chove prá refrescar, como se fosse uma farça prá nos fazer repensar no que importa sair de guarda-chuva ou de óculos escuros, de botas de borracha ou de sandalias legítimas, se de todas as maneiras, com uma ou com outra, um pode sempre carregar, e consigo mesmo, uma mesma banana ou uma outra mesma forma de fruta parecida ...com uma mesma banana e sentar-se num tronco qualquer e come-la e comer-se sentado num tronco qualquer, sem tropeçar em qualquer objeto que encombre a paisagem, diga-se de passagem ! mas a paisagem mudou, o humor mudou, a muda mudou e os mudos não podem exprimir oralmente o que sentem mas se exprimem e assim dá. -dá-dá-dá, dá-dá-dá dá-dá..."oblá-di, oblá-dá, life goes on"! cantarolando enquanto canta rolando de rir do que pode ser um negocio bem sério. não obstante, os poréns de que um se refira à alguns e à quaisquer outros estados pós aparentes, parentes opostos e a favor inoperantes e contra tudo e contra todos, advirão, enfim... pois seja como for, tudo não será senão méra coincidência termo-dinâmica, diametralmente oposta às apârencias, parcial e parentalmente antônimas, anônimas, anatômicas, ergonômicas, astronômicamente gnômicas. que tal um sorvete agora, Julio? - Dorigny, 8 de Julio, 2012