16 avril 2010
"Rimbaud et le mythe solaire" (Extrait)
14 avril 2010
Saigón Market (canção)
Perder a razão (canção)
13 avril 2010
não é cedo, não é tarde (ar viet!)
12 avril 2010
A Trova dos 9 (ripi-ropi canção)
um grão (canção)
se não fôr
à beira-mar
à sonhar
à sombra da palmeira
o murmurar
das ondas dos teus cabelos
se nao fôr no pé
duma enorme montanha
à sonhar
sombramente
o cipreste
será no espaço
com o calor
do sol (?)
não (!)
da lenha queimando, não
mas dum grão do meu corpo
e habitaremos em ti
no astro
do nosso
amor
Sept/87
Poema do desfolhar
Ah! pudera eu,
homem,
me desfolhar
- coisa de árvore
que depois de verdes,
bem elas,
amarelam
e como que perdendo a beleza
caem por terra
E em mim,
a cada outono,
meus amargos-amarelos-e-sem-beleza-sentimentos
me pusessem desnudo
a suportar o inverno
sómente com o
calor-líquido-circulando-de-amor
até o primeiro sol da primavera me vestir
e me entregar para ti,
então
passaríamos o verão
na beira-da-praia
nosso bem (canção)
fica
bem perto de mim
e essa boca,
mania de ter
caricias loucas
pra beijar teus seios
e morder teus pêlos
em meio
a suores de amores
e morremos
pois estou perdido
e sabemos
desse nosso bem
tão bem,
desse nosso bem
tão bem,
desse nosso bem
também
(http://www.mx3.ch/play/nilodjaneiro/nossobem)
Vivo à Sonhar (canção)
Um dia eu sonhei
Que os teus lábios beijavam os meus
Que os teus olhos fitavam os meus
E tuas mãos seguravam as minhas
Eu sei que sonhei, eu sei
E sei que amei, eu sei
Encontrei você e me entreguei
Vivi a paz dos braços teus
Me envolvendo com carinho
Aquece as noites
Ameniza o vento forte
Que sopra na alma de um homem
Sózinho no deserto ou no pólo norte
Eu sei que sonhei, eu sei
E fui andando, sonâmbulo
Querendo encontrar de novo
O sono que me faz sonhar com você
E a certeza de não te perder
(Se eu acordar)
Um dia eu sonhei
Que ela vem e se deita comigo
Passa o braço e bem apertado
O seu corpo provoca o meu, ...provoca...
Eu sei que sonhei, eu sei
Num sono profundo e de paz
O mundo pode desabar
E sei que não vou acordar
Prá nunca mais deixar de te amar
(Vivo à sonhar)
A Praia (canção)
Moro numa praia linda
Acordo com os pés na água,
Deito a minha cabeça
Num travesseiro de areia fina,
A lua se deita comigo,
E o sol se acorda comigo
As ondas que vem bater, já sabem :
Não hà porta entre amigos
Arrisco pedir os teus beijos
Sei que o mar pode ser arisco
O vento é quem me dirige
Vai na ressaca, vem na maré
Vela e jangada, jinga natural
Dum lado ou do outro a floresta é tropical,
Sempre tropical
Tem sempre um lugar na rêde
Vê se um dia você aparece
Ainda guardo o que me destes
Sombra e profunda luz superficial
Do leste/oeste, do norte ao sul
Dum lado e do outro o mar é sempre azul,
O mar é sempre azul
(http://www.mx3.ch/play/nilodjaneiro/apraia)
une voie
la vie recommence
sur une voie continue
soit-elle une étroite rue
pleine de nuances
soit-elle une voix
en solitaire mineur
puissante symphonie mon cœur
mal accordé si l’on croit
bien présent encore
d’avoir ses désires
pour quelqu’un qui lui tire
douce touché sonore
Villars S/Olon, III.89
les yeux...et autres nez
Je voudrais pouvoir dessiner tes yeux
Grands et brillants yeux, miel, presque verts yeux
Ainsi comme tes cheveux
Soient-ils tout longs, libres
Soient-ils tout attachés dans une tresse
Confortablement serrés
Comme j'aime mes doigts
Entrelacés aux tiens
Je voudrais pouvoir dessiner ton nez
Grand et imposant, nez
De style, crétois nez
Ainsi comme ta bouche,
Les fines et lisses lèvres
Soient-elles avec un large sourire,
Soient-elles avec une fin trait de plaisir
Que ç'allonge sur les Joux,
Sur le menton, sur le
Cou,
Sur les épaules, les genoux...
Sur un portrait si long
Que me ferais,
tout dans coup
M'apercevoir que ta présence me manque
Et me fait devenir… poète ?
Ah! au tant que je voudrais poétiser tes yeux !
10.VIII.89
Um grão (canção)
Se nao for a beira-mar
a sonhar à sombra da palmeira
o murmurar das ondas dos teus cabelos
se nao for no pé
duma enorme montanha
a sonhar
sombramente
o cipreste,
sera no espaço
com calor
do sol, nao
da lenha queimando, nao
mas de um grao do meu corpo
e habitaremos em ti
no astro
do nosso amor
l5.VII.87
(canção,13.I.95)
O incêndio e a rosa
teu sorriso luminoso
move teus lábios, teu rosto, teu corpo,
projetando na minha memória
não sómente imagem dinâmica
mas uma fôrça
que em ti gera reflexões e atitudes,
emoções e palavras de beleza e valor
que em mim provocam como que
um incêndio no circo
onde penso que atuo para uma grande platéia
fazendo-a gargalhar
e chorar ao mesmo tempo
mas que em verdade
sou meu único espectador
e sólo, quero representar
a causa da minha alegria
e da minha tristeza
mas saiba que o coração do palhaço
é pisoteado e acaricíado
pelos pés e mãos da bailarina espanhola,
tu !
à quem darei diariamente
a rosa vermelha
para teus cabelos negros
Berlin, IX.86.